John Textor, empresário norte-americano, revelou que está considerando a possibilidade de abrir o capital da empresa que administra o clube brasileiro Botafogo e o Crystal Palace, da Inglaterra. Em uma entrevista ao programa CNN Soft Business, ele discutiu a oferta pública de ações (IPO) nos Estados Unidos como uma forma de atrair recursos para o esporte, especialmente para os clubes de futebol que ele lidera.
Para Textor, o montante atualmente investido no Botafogo pode aumentar significativamente com a entrada no mercado de capitais. Ele acredita que ao acessar esse mercado, será possível obter mais recursos para novas instalações de estádios e academias, oferecendo uma nova oportunidade de desenvolvimento para o futebol.

Além disso, o empresário enfatiza que a possibilidade de o público comprar ações contribui para aumentar o “sentimento de propriedade dos fãs dos times”. Isso significa que torcedores apaixonados podem se tornar acionistas e ter uma participação efetiva na equipe.
No contexto brasileiro, apesar das transações milionárias que envolvem times e jogadores, muitos clubes enfrentam dificuldades financeiras. Os 15 maiores clubes do país, juntos, acumulam uma dívida de R$ 10 bilhões, o dobro do valor arrecadado.

O episódio do CNN Soft Business, previsto para ser exibido na quinta-feira (10/3) às 22h30, vai explicar detalhadamente sobre a Lei da SAF (Sociedade Anônima do Futebol), que facilita a transformação de clubes em empresas. Esse processo já foi realizado recentemente pelo Botafogo, adquirido por Textor, e pelo Cruzeiro, adquirido pelo ex-jogador e empresário Ronaldo Nazário.