A CPI da Chapecoense, que busca encontrar soluções para compensar as famílias das vítimas do acidente aéreo envolvendo a Associação Chapecoense de Futebol, realizou audiências nesta quinta-feira (17) com Plínio David de Nes Filho, ex-presidente do clube, Nei Roque Mohr, atual presidente da Chapecoense, e Antônio Carlos Ferreira, vice-presidente de logística da Caixa Econômica Federal.

Durante a CPI, o atual presidente da Chapecoense, Nei Roque Mohr, afirmou que estão empenhados em resolver a situação e que indenizar as famílias das vítimas é uma das principais prioridades do clube. Ele ressaltou, no entanto, que a seguradora Tokio Marine não está cumprindo os acordos estabelecidos, o que tem dificultado a tarefa. Nei Roque expressou a vontade da Chapecoense de cumprir com todas as obrigações, mas destacou a limitação financeira do clube.

Por sua vez, Antônio Carlos foi convocado para prestar esclarecimentos sobre um contrato de seguros residenciais firmado com a Tokio Marine, a qual é responsável por indenizar as famílias das vítimas. Esse contrato foi celebrado mesmo após acusações de que a empresa não estava cumprindo os acordos indenizatórios previamente estabelecidos.

Ao ser questionado pelos senadores a respeito desse contrato, o vice-presidente da Caixa Econômica Federal afirmou que a instituição segue rigorosamente todas as regras de governança ao fechar contratos, incluindo o firmado com a Tokio Marine. Antônio Carlos expressou solidariedade às famílias das vítimas, mas ressaltou que a Caixa não possui qualquer conexão com os contratos de seguros e resseguros em questão. Ele afirmou desconhecer os termos e condições do referido instrumento ou de qualquer acordo comercial entre as empresas envolvidas.

Na próxima quinta-feira (24), a CPI da Chapecoense tem agendado ouvir José Adalberto Ferrara, presidente da Tokio Marine Seguradora, e Joaquim Silva e Luna, Presidente da Petrobras, para obter explicações sobre as garantias oferecidas às famílias após os contratos com a seguradora e a corretora.